quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Educação e o Poder

A manutenção do poder é mais importante do que as reformas, por isso, o 1º ministro está mais interessado em desenvolver uma estratégia de manutenção do poder do que em reformar a educação.
A redução de população jovem e, por isso, de população estudantil é uma realidade, será necessário definir uma estratégia de despedimentos ou de relocalização dos actuais professores excedentários (ou de definição de um projecto de carreira diferente para essas pessoas) e este é que é o verdadeiro problema com que o 1º ministro tem de lidar.
A ministra da Educação está a fazer o papel de PIDE mau; o 1º ministro fará o papel de PIDE bom quando, finalmente, a substituir; mas isso não mudará nada (é preciso que algo mude para que tudo fique na mesma!) Manuel Alegre já deu as primeras notas de discordância com a ministra, o que ajudará a dar ao 1º ministro a justificação política para a demitir (não é a senhora que está a ser inflexível, ela apenas obedece às ordens do 1º ministro)
O 1º ministro encontrará então—num golpe de mágica--, entre as hostes de professores mais activistas (será seguramente um professor) um ilustre desconhecido (ou não!, parece que o próprio Manuel Alegre já se perfila para o lugar) que convidará para assumir o papel de novo ministro da Educação e, assim,obter o apoio dos professores para prosseguir a sua política (mas não esqueças que a política não poderá mudar, o verdadeiro objectivo é reduzir o número de profissionais não necessários na Educação!)

Nota negativa aos professores que continuam a achar que discutir a Educação é discutir os seus próprios direitos. Não é, é algo bem mais profundo do que isso mas os professores estão demasiado desorientados e desmotivados para o fazer. O verdadeiro debate sobre a Educação em Portugal—que ainda ninguém fez!—deveria estar a ser conduzido pelos próprios professores.