segunda-feira, 27 de abril de 2009

Maria João e Mário Laginha

Fui vê-los ao Teatro Donizetti, em Bergamo. Espero que noite tenha sido tão boa para eles como foi para mim. Não consegui aplaudir a interpretação da “Beatriz” porque precisei das duas mãos para me agarrar à cadeira, se não, voava. Mesmo assim, levitei. Acompanhei todas as respirações da João como se fossem minhas. Move-se no palco, sobre as notas do Mário Laginha, como se move no tapete, criando espirais no ar à sua volta, envolvendo com essas espirais os sons que saem do piano, num espetáculo único de harmonia de som, movimento, e cor. A luz estava perfeita, a plateia ao rubro, o Donizetti (1797-1848) deve ter-se sentido orgulhoso.

 

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