China, Colômbia, Brasil, México, Turquia, Rússia, Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos da América, Portugal, Itália, Índia, Tailândia, Alemanha, Coreia do Sul, Marketing, Comunicação, Gestão, Economia, Design de Moda, Design Gráfico, Design Industrial, Literatura, Jornalismo, História de Arte, Tecnologia da Moda, Direito, Belas Artes.
Esta é a origem – geográfica e académica -- dos trinta e um estudantes do Master in Fashion Management da DOMUS ACADEMY (DA).
A DA tem a decorrer nove mestrados em diversas áreas do design e da gestão (moda, arquitetura, automóveis, etc.) e é reconhecida como uma das melhores escolas do mundo. Os cursos de mestrado são a principal oferta de educação da DA mas, para além disso, a escola promove uma vasta gama de cursos intensivos para jovens designers e profissionais de outras áreas que queiram explorar novas oportunidades de carreira.
Em 2009, a DA foi adquirida pela Laureate International Universities, líder mundial da educação da arte e do design, com uma reputação de criar uma experiência educativa multicultural.
O curso (Master in Fashion Management) tem a duração de doze meses, entre Janeiro a Dezembro, e está desenhado para tirar partido da grande diversidade cultural e académica dos alunos que o frequentam, promovendo um riquíssimo intercâmbio disciplinar e cultural, num meio em que é essencial adquirir competências de gestão da criatividade, participando em projetos que tocam as áreas da produção, da comunicação e da distribuição. O curso promove laboratórios (workshop) em que os estudantes desenvolvem projetos concretos, com a participação e orientação de profissionais e empresas de várias áreas da moda e do design. A DA convidou-me para participar num dos laboratórios, o que me deu a oportunidade, mais uma vez, de explorar este melting pot de culturas e experiências e apreciar as diferentes formas de pensar (economias emergentes versus economias maduras, gestores versus designers, etc.)
Estou habituado a gerir as diferentes visões culturais --faz parte do meu trabalho -- como forma de explorar diversos tipos de abordagem e de criatividade, diferentes perspetivas sobre o mesmo problema, conduzindo sempre a interessantes resultados.
Inevitavelmente, ao longo do tempo, fui formando e organizando os meus paradigmas. Sei, por exemplo, que é muito mais fácil pedir a um designer americano que recomece tudo de novo – back to the drawing board – do que a um inglês – que tentará sempre justificar a sua solução como a única possível e a melhor do mundo.
Neste workshop da DA, foi muito interessante sentir que as diferenças da forma de pensar entre os estudantes oriundos de economias maduras e os oriundos de economias emergentes se refletem muito na ingenuidade que deixam transparecer. Estará a ingenuidade está em extinção nos países desenvolvidos?
Para mim, a criatividade é um processo de partilha, em que nem sempre se pode apenas submeter o produto acabado, as ideias polidas; num processo de partilha, as ideias podem, por vezes, parecer estúpidas, ou desprovidas de sentido… e podem depois ser melhoradas, complementadas, desenvolvidas, ou abandonadas.
A capacidade de contribuirmos com ideias que não sabemos se são úteis ou não é desenvolvida na proporção inversa da tolerância do grupo. Por outro lado, a tolerância de um povo aumenta na razão direta da exposição a diferentes culturas.
Apesar de este curso ocorrer numa cidade—Milão—que não é reconhecida pela sua tolerância cultural, fiquei com a clara sensação de que a DOMUS ACADEMY, com a sua abordagem multicultural, está a contribuir para a formação de melhores designers e, portanto, para um mundo melhor. Parabéns, Domus Academy.
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