FAZ HOJE UM ANO
The Pope Abandons Limbo! Will Purgatory follow?
A commentary by Edmond D. MacaraegUnited Church of God pastor, the Philippines
The Pope authorized the Roman Catholic Church's International Theological Commission on April 22, 2007 to publish a 41-page document titled: "The Hope of Salvation for Infants Who Die without Being Baptized."
(…)
It was in the 14th century that the Italian poet Dante Alighiere (1265-1321) wrote his most popular literary work Divina Commedia (The Divine Comedy). Overlooked by most is the fact that his work intentionally included the word commedia (comedy) because he made fun of (did a parody/satire of) the then popular religious teachings of Limbo, Purgatory, and Paradise, and even assigned known personalities of his day into those various categories!
The decision of the present Pope marks a gradual softening of the Catholic view towards those who die without being baptized. Pope Benedict XVI, prior to his election to the Papacy, was already on record for his personal disbelief in Limbo. Since, from a biblical perspective, the doctrine of purgatory stands in the same category as Limbo, will it be next for review by Catholic religious scholars? For that we will have to wait to see. (…)
In http://www.ucg.org/commentary/abandons.htm
O Catecismo da Igreja Católica tem tido dificuldade em estabelecer o sítio para onde vão as crianças que morrem não baptizadas. Mais dificuldade teve em caracterizar esse sítio mas tem sido aceite, até há um ano, que elas iriam para o limbo. Pelo que apurei, a doutrina do limbo foi introduzida pelo filósofo católico Augustine (354-430) e, mais tarde Tomás de Aquino (1225-1274) monge dominicano Italiano, teólogo e filósofo, defendeu a ideia de que o limbo seria um “estado de natural felicidade para as crianças não baptizadas bem como para outros desprovidos de razão”.
Acontece que, segundo Dante Alighieri, o limbo é o local para onde vão também os que nasceram antes de Cristo, por não terem fé, porque nessa altura ainda não estava disseminada a doutrina cristã, como o poeta Virgílio, uma das personagens da Divina Comédia.
Se, por um lado, concordo com a decisão de acabar com o limbo, para não obrigar as crianças a ficar num sítio duvidoso, por outro, já não me parece bem que se mandem poetas e filósofos e pintores e escultores e tantos outros artistas de antes de Cristo para um outro sítio qualquer, cheio de incertezas, provavelmente suspenso entre o céu e o mundo dos mortos!
Abolir um sítio— apesar de não se saber bem onde é nem como é—é sempre uma decisão difícil e um processo complicado. Como se garante que quem lá está seja recolocado ou deslocado favoravelmente? Espero que corra tudo bem…
IL PURGATORIO DI DANTE
CANTO VII
Poscia che l'accoglienze oneste e liete
furo iterate tre e quattro volte,
Sordel si trasse, e disse: «Voi, chi siete?».
«Anzi che a questo monte fosser volte
l'anime degne di salire a Dio,
fur l'ossa mie per Ottavian sepolte.
Io son Virgilio; e per null'altro rio
lo ciel perdei che per non aver fé».
Così rispuose allora il duca mio.
terça-feira, 22 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
O Anjo das Pernas Tortas
A um passo de Didi, Garrincha avança
Colado o couro aos pés, o olhar atento
Dribla um, dribla dois, depois descansa
Como a medir o lance do momento.
Vem-lhe o pressentimento: ele se lança
Mais rápido que o próprio pensamento
Dribla mais um, mais dois; a bola trança
Feliz, entre seus pés -- um pé de vento!
Num só transporte a multidão contrita
Em ato de morte se levanta e grita
Seu uníssono canto de esperança.
Garrincha, o anjo, escuta e atende: -- Goooool!
É pura imagem: um G que chuta um o
Dentro da meta, um l. É pura dança!
VINICIUS DE MORAES, O Anjo das Pernas Tortas, 1962
terça-feira, 8 de abril de 2008
O VELHO ABUTRE
in Jornal PUBLICO, hoje
Para a estátua a Jardim, o PND propõe que no "próximo orçamento regional seja reservada uma verba adequada para esta importante obra de reconhecimento e gratidão". Com 50 metros e fundida em cobre, deverá, segundo a proposta, ser colocada na entrada do porto e "concebida de forma a possuir uma escada interior que permita aos visitantes a subida até à altura da cabeça, de onde poderão observar o Funchal, através dos olhos do seu amado líder". Deverá ainda estar dotada de "um mecanismo propulsor interno que permita que a estátua acompanhe o movimento do sol, como fazem os girassóis", e, do cimo, sair "um forte silvo que simbolize para as gerações vindouras os imortais dotes oratórios" de Jardim.
a propósito:
O velho abutre é sábio e alisa as suas penas
A podridão lhe agrada e seus discursos
Têm o dom de tornar as almas mais pequenas
O VELHO ABUTRE, Sophia de Mello Breyner, GRADES, Cadernos de Poesia, Publicações Dom Quixote, 1970
Para a estátua a Jardim, o PND propõe que no "próximo orçamento regional seja reservada uma verba adequada para esta importante obra de reconhecimento e gratidão". Com 50 metros e fundida em cobre, deverá, segundo a proposta, ser colocada na entrada do porto e "concebida de forma a possuir uma escada interior que permita aos visitantes a subida até à altura da cabeça, de onde poderão observar o Funchal, através dos olhos do seu amado líder". Deverá ainda estar dotada de "um mecanismo propulsor interno que permita que a estátua acompanhe o movimento do sol, como fazem os girassóis", e, do cimo, sair "um forte silvo que simbolize para as gerações vindouras os imortais dotes oratórios" de Jardim.
a propósito:
O velho abutre é sábio e alisa as suas penas
A podridão lhe agrada e seus discursos
Têm o dom de tornar as almas mais pequenas
O VELHO ABUTRE, Sophia de Mello Breyner, GRADES, Cadernos de Poesia, Publicações Dom Quixote, 1970
domingo, 6 de abril de 2008
Há tempo que não escrevo no blogue. Não foi preciso. A satisfação de ter cá tido tantos amigos deixou-me de barriga cheia. Tenho estado a remoer o fim-de-semana feito jibóia, lembrança de boas conversas, boas caminhadas e o regravar das caras dos amigos que já não via há muito. Nas caras, foi só fazer um update das texturas, adicionei uma rugazitas à versão anterior, estão todos um bocadito mais maduros...
Sensações, houve muitas! A Márcia optou pela abordagem radical, caminhou até lhe ter saltado um pedaço do calcanhar... não mais se esquecerá de Milão. O João Francisco optou por não trazer as sapatilhas, portanto, não correu e fez muito bem porque Milão não é cidade para corridas, é para se ver nas calmas. Foi o que fizémos. Curtimos a cidade pelas ruelas, não pelas avenidas principais, que isso é coisa de turistas. Limpámos os cantinhos todos, velejámos de través, a cruzar a maré dos que nunca conhecerão as ruas e praças "francesas" da cidade.
De notar uma alteração ao programa porque, em vez de termos ido almoçar ao Gatullo, fomos ao Panino Giusto da Piazza XXIV MAGGIO. Surpresa! Foram os melhores "panini"--sandochas-- que comi. O Alexandre que, a princípio, declarou logo que tinha vindo para comer e beber (e estava à espera de qualquer coisa mais cozinhada), desconfiou dos panini mas depois, levado magistralmente a provar um pela Sofia, acho que gostou. O fim-de-semana acabou com uma viagem ao lago de Como, que eu, infelizmente, não acompanhei. Para mim, o deboche acabou na noite de domingo, com o jantar na Pizzaria Premiata, conforme estava escrito no programa e, cumprido, fechou com chave de ouro! Voltem em breve.
E, a propósito de velejar, encontrei um clube de vela em Milão, aqui a dois bordos de casa, vou inscrever-me! Tenho saudades das brisas marítimas e das mãos feridas pelos cabos.
Sensações, houve muitas! A Márcia optou pela abordagem radical, caminhou até lhe ter saltado um pedaço do calcanhar... não mais se esquecerá de Milão. O João Francisco optou por não trazer as sapatilhas, portanto, não correu e fez muito bem porque Milão não é cidade para corridas, é para se ver nas calmas. Foi o que fizémos. Curtimos a cidade pelas ruelas, não pelas avenidas principais, que isso é coisa de turistas. Limpámos os cantinhos todos, velejámos de través, a cruzar a maré dos que nunca conhecerão as ruas e praças "francesas" da cidade.
De notar uma alteração ao programa porque, em vez de termos ido almoçar ao Gatullo, fomos ao Panino Giusto da Piazza XXIV MAGGIO. Surpresa! Foram os melhores "panini"--sandochas-- que comi. O Alexandre que, a princípio, declarou logo que tinha vindo para comer e beber (e estava à espera de qualquer coisa mais cozinhada), desconfiou dos panini mas depois, levado magistralmente a provar um pela Sofia, acho que gostou. O fim-de-semana acabou com uma viagem ao lago de Como, que eu, infelizmente, não acompanhei. Para mim, o deboche acabou na noite de domingo, com o jantar na Pizzaria Premiata, conforme estava escrito no programa e, cumprido, fechou com chave de ouro! Voltem em breve.
E, a propósito de velejar, encontrei um clube de vela em Milão, aqui a dois bordos de casa, vou inscrever-me! Tenho saudades das brisas marítimas e das mãos feridas pelos cabos.
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